sexta-feira, 4 de novembro de 2011
domingo, 14 de agosto de 2011
Baden Powell e Paulo César Pinheiro - Os Cantores da Lapinha (1970)
Um discaço, indispensável para os amantes da boa música. Façam bom proveito!
http://www.mediafire.com/?ii0szpdbmu1at
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Mario Lago - Retrato
Conhecido por sua versatilidade artística, o grande mestre Mario Lago reúne nesse álbum suas mais belas composições e parcerias. Canções como "Ai que saudades da Amélia", "Não quero ser marisco" ou "Atire a Primeira Pedra" que contribuíram de maneira significativa para o enriquecimento do cancioneiro popular brasileiro. O disco ainda conta com o próprio Mario como intérprete das gravações. Ouçam e degustem dessa raridade maravilhosa meus amigos..
terça-feira, 26 de julho de 2011
Top 100 Jazz
sábado, 16 de julho de 2011
Palavras
quarta-feira, 13 de julho de 2011
El Michels Affair - Enter the 37th chamber (2009)
segunda-feira, 4 de julho de 2011
O Homem Mais Alto da Terra
Brian Eno - drums between the bells
Só por ser quem é, o cara já merece uma atenção quando lança um álbum próprio. Próprio aqui antes de redundante é esclarecedor - o álbum dessa vez não é uma parceria ou produção de Eno, mas assinado por ele mesmo. Um variado respiro de U2 e Coldplay do músico que vai de John Cage a Apichatpong, passando por Bowie e Roxy Music numa construção única não só de um "ambiente" mas de redomas imersivas que coadunadas a potência do ouvinte se transforma num belo e novo mundo sonoro.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Demon Fuzz
terça-feira, 28 de junho de 2011
Ikebe Shakedown
Em 2008 alguns amigos do Brooklyn, que sempre compartilharam o mesmo gosto pela música africana, formaram um som em cima de ritmos africanos com pitadas de soul, funk e disco. Surge o Ikebe Shakedowns (se pronuncia ee-KAY-bay). O nome vem em homenagem a um tipo de dança nigeriano e a levada com grandes influências de um dos maiores nomes do afrobeat, o também nigeriano Fela Kuti.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Romulo Fróes - Um Labirinto Em Cada Pé (2011)
Enquanto isso, serei breve fazendo o fácil: o grande Romulo Fróes hoje diponibilizou nas redes o seu novo álbum. Há dois anos atrás, eles já tinha feito o belo No Chão, sem o Chão. Mas o problema daquele álbum era a quantidade de faixas... por ser duplo, haviam algumas bem irregulares. Dessa vez, com "Um Labirinto em cada pé" , ele parece ter acerto o alvo. Diria que ele é o que pode se achar de mais próximo da sonoridade de artistas como Arrigo Barnabé e Itamar Assumpção, nos tempos atuais.
Um exemplo: Ditado
O resto do álbum todo você pode ouvir no soundcloud. E caso tenha gostado, baixe abaixo:
Romulo Fróes - Um Labirinto em cada pé (2011) - 320kbps
sábado, 28 de maio de 2011
Aroldo Santos - "Até que enfim" (1975)
"To Doidão, To Doidão. De batida de limão!"
http://www.filestube.com/aS31C4PjgbHn9PrLVJGuHn/Aroldo-Santos-At%C3%A9-que-enfim-1975.html
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Milton Nascimento & Lô Borges - Clube da Esquina (No 1 - 1972)
terça-feira, 24 de maio de 2011
Trajetória no desenvolvimento
e os que criaram uma tensão: a que existe no limiar entre o "sucesso de produção" e sua hipertrofia
Belong: October Language
domingo, 22 de maio de 2011
Solombra (2005)
sábado, 21 de maio de 2011
Chico Teixeira (2003)
Já que o Pablo postou aqui o disco do Renato Teixeira, vou postar o disco do filho dele, Chico Teixeira. Filho de peixe, peixinho é.
"Cantor e compositor, Chico Teixeira representa a nova geração da música Folk Brasileira. O rapaz foi apresentado ao público em 1998 no CD "O novo amanhece", de Zé Geraldo e Renato Teixeira. Chico tocou em muitos bares na noite paulistana. Participou dos projetos Prata da Casa, Novo Canto, Caipira ou Sertanejo, Semana Mazaropi em Taubaté, todos promovidos pelo Sesc. Em 2002 lança seu primeiro CD, produzido por ele mesmo, gravado voz e violão. O material hoje é raro. Em 2003 é efetivado na banda de Renato Teixeira, viajando o Brasil todo se apresentou em palcos consagrados como Palácios das Artes, em BH, Canecão, Rio de Janeiro, Auditório do Ibirapuera em São paulo. A música de Chico tem fortes influências do violão Folk, da viola caipira e de Poesia. Teixeira vem nos contando e cantando com sabedoria, a realidade de seu tempo. " Fui criado numa família de músicos, rodeado de versos e violões, minha casa vive cheia de músicos e compositores. Ví muitas canções sendo feitas, levar adiante essa alegria, é meu maior objetivo."
Déa Trancoso - TUM TUM TUM (2006)
Download - 192 kbps
Dá-lhe Déa mais uma vez!
Trabalho de pesquisa e de musicalidade inquestionáveis, este sim é um verdadeiro disco carregado da alma popular brasileira. Encontrei-o por acaso aqui em casa e foi como descobrir um tesouro: não parava de ouvir e me encantar. Ainda hoje ouço cada uma das faixas e me chegam aos ouvidos com o mesmo frescor como se fosse a primeira audição. Espero que vocês tenham a mesma experiência.
Chico Lobo e Déa Trancoso - O violeiro e a Cantora (2002)
Download - 256 kbps
Me empolguei!
Este é o primeiro disco da Déa Trancoso, aquela que tanto falo. É uma das vozes mais bonitas da música brasileira que escutei nos últimos anos. Esse álbum em particular surgiu de um convite à ela feito pelo Chico Lobo, violeiro de primeira, preciso e leigeiro como aqueles violeiros do sertão. É nesse disco que tem a "Moda da Pinga", a música do Carlitos. Hehehe...
Imersão num universo musical pouco conhecido por nós. Ouvindo hoje me fez lembrar Santa Rita.
Baiana System (2010)
Download - 256 kbps (VBR)
Esse álbum alguns já devem conhecer, mas pra não dizerem que eu não posto nunca, tá aí: Baina System quebrando tudo, desde os ritmos mais tranquilos aos mais profundos e sacolejantes, tudo, é claro, guiado pelo som hipnótico da guitarrinha baiana.
domingo, 8 de maio de 2011
Taiguara e o seu Canto Geral
Este álbum saiu em 1976, com as músicas creditadas a sua mulher, e outras usando apenas seu sobrenome, para evitar as unhas da ave de rapina que pairou sobre o Brasil de 1964 à 1985. No entanto, isso não adiantou. E o cd acabou sendo recolhido no dia seguinte das lojas, só sendo lançado no japão. À pouco tempo atrás ainda existia um site em que sua filha tentava repatriar este álbum.
Taiguara foi cantor, compositor, arranjador e pianista. Nascido em Montevidéu, no Uruguai em 1945, ainda criança se mudou para o Rio de Janeiro, onde aprendeu a tocar piano. Fez parte do MAU Movimento Artístico Universitário, ao lado de Aldir Blanc, Ivan lins e Gonzaguinha.
Em 1973 exilou-se em Londres, estudou no Guildhall School of Music and Drama e gravou o Let the Children Hear the Music, que nunca chegou ao mercado, tornando-se o primeiro disco estrangeiro de um brasileiro censurado no Brasil.
Em 1975, voltou ao Brasil e gravou o Imyra, Tayra, Ipy - Taiguara. Junto a Hermeto Paschoal. Participaram músicos como Wagner Tiso, Toninho Horta, Nivaldo Ornelas, Jacques Morelenbaum, Novelli, Zé Eduardo Nazário, Ubirajara Silva e uma orquestra sinfônica de 80 músicos.
Todas as compisções de cd são de Taiguara, que canta, toca piano, sintetizador e mellotron, além de assinar os arranjos e orquestrações junto a Hermeto.
Em seguida, Taiguara partiu para um segundo auto-exílio que o levaria à África e à Europa por vários anos.
Apesar de toda perseguição (foi o artista mais censurado no Brasil!!!), Taiguara Chalar da Silva reuniu uma obra de uma beleza extraordinária, onde discurso sonoro e político sempre caminharam juntos. "Imyra, Tayra, Ipy - Taiguara" é o Canto Geral Brasileiro, é o Canto Geral de Taiguara.
Sete Cenas de De Imyra
Imyra, Tayra, Ipy
Primeira cena: o nascer
Do beijo de Ara rendy
Jemopotyr - florecer
É gema, é germe, é gen-luz
Imyra brilha no ar
Corou vermelho e azul
Por sobre o virgem rosar
É rosa gente, é razão
É rosa umbilical
Jukira, sal, criação
Potyra, flor-animal
Imyra, Tayra, Ipy
Segunda cena: crescer
Ferir o espaço e abrir
A flor primal de mulher
Figura, cor, rotação
Calor, janela, pombal
Palmeira, morro, capim
Moreno, ponte, areal
Retina, boca, prazer
Compasso, ventre, casal
Descanso, livre lazer
Loucura, vida real
Imyra, Tayra, Ipy
Terceira cena: saber
Que o índio que vive em ti
É o lado mago em teu ser
Se vim dos Camaiurá
Ou das missões, guarani
Nasci pr'a ti meu lugar
Nação doente, Tupi
Por isso vou me curar
Da algema dentro de mim
Por isso vou encontrar
A gema dentro de mim
Imyra, Tayra, Ipy
A quarta cena é mostrar
O que há de pedra no chão
O que há de podre no ar
Criança em frente ao pilar
Imaginando seu mar
O mastro imenso, o navio
A vela, o vento, o assobio
É caravela, é alto-mar
Até de novo acordar
Pr'o que há de podre no chão
Pr'o que há de pedra no ar
Imyra, Tayra, Ipy
A quinta cena é sofrer
Cunhã curvada a chorar
Tayra tensa a temer
Fui companheira dos sós
Fui protetora das leis
Fui braço amigo de avós
Até o rei perdoei
Hoje faminta sou ré
Como um cachorro vadio
Arrasto inchado o meu pé
Por chãos de fogo e de frio
Imyra, Tayra, Ipy
A sexta cena é esperar
No céu branqueia Jacy
Tatá verdeja no mar
Vislumbre claro, visão
Valei-me, meu pai! Que luz!
Como se um trecho de chão
Se erguesse em asas azuis
Dobrando a curva do céu
Pr'a mergulhar sobre o mal
E o justo império de Ipy
Chegasse ao mundo, afinal!
Imyra, Tayra, Ipy
A cena sete é um saci
Pé dentro do ano dois mil
No centro - sol do Brasil
Aos sete dias do mês
Um dia azul de leão
Me deram vida vocês
Dou vida hoje à expressão
Quero essa língua outra vez
Quero esse palco, esse chão
Brinca Tupi-português
Dentro do meu coração
Imyra, Tayra, Ipy - Taiguara
1 Pianice (Pecinha sinfônica)
2 Delírio transatlântico e chegada no rio
3 Público
4 Terra das palmeiras
5 Como em Guernica
6 A volta do pássaro ameríndio
7 Luanda, violeta africana
8 Aquarela de um país na lua
9 Situação
10 Sete cenas de Imyra
11 Três Pontas (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)
12 Samba das cinco
13 Primeira bateria
14 Outra cena
http://www.mediafire.com/?048c1jw56m7fi
Renato Teixeira - Romaria (1978)
Renato Teixeira - Romaria (1978)
01 Vira (No Meu Quintal)
02 Alforje
03 Viola Malvada
04 Sessenta Léguas Num Dia
05 Arraial
06 Eu e Ney Sentados Na Ponte
07 Romaria
08 Olhos Profundos
09 Agulha No Palheiro
10 Lira Rara
11 Antes Que Aconteça
12 Sentimental Eu Fico
http://www.mediafire.com/?61ms6moaiy8cn
"Confesso que não é nada fácil ter que contar minha história, desde que nasci. Viver é uma coisa tão normal que não vejo diferença nenhuma entre a vida de um artista, com a de qualquer pessoa. Num determinado momento, entretanto, porque atuamos na área de comunicações, as coisas que fazemos ganham notoriedade e a curiosidade aumenta. Então a gente conta alguma coisa.
Muitos estranham o fato da minha música ter origens caipiras e eu ser caiçara, nascido em Santos. Vejo isso como uma questão puramente familiar; são fatos circunstanciais, apenas. Passei a infância em Ubatuba e a adolescência no interior do Estado. Meu pai melhorou de emprego com essa mudança; eu e meu irmão já estávamos em idade escolar; Taubaté, naquele momento, era mais conveniente. Mudamos para lá. E foi muito bom!
A música, em Ubatuba, já fazia parte do meu dia-a-dia. Das atividades familiares a que mais me interessava era a música; todos tocavam e alguns eram, verdadeiramente, músicos.
Eu poderia ter sido fogueteiro como meu avô Jango Teixeira, que tocava bombardine na banda. Poderia ter sido professor como meu avô paterno, Theodorico de Oliveira, que tem uma linda história intelectual com a poesia e a literatura. Mas a música não me deixou espaços.
Quis ser arquiteto; descobri que foi por causa de um verso de Manuel Bandeira, pregado na parede de atelier do Romeu Simi. Passou a arquitetura, ficou o verso.
Vim para São Paulo no final dos anos sessenta, por indicação de Luiz Consorte que colocou uma fita com minhas músicas nas mãos de seu tio, Renato Consorte que a enviou para os ouvidos do Walter Silva. Dei sorte! O Walter era um grande promotor de novos artistas e um homem muito conhecido nos meios de comunicação. As portas se abriram e, logo, eu estava no Festival da Record de 67. Minha música era Dadá Maria e foi defendida pela Gal Costa, também em começo de carreira, e pelo Silvio César. Mais, no disco do festival, quem canta com Gal sou eu. Foi minha primeira gravação.
Participei daquela fatia da história da MPB como um espectador privilegiado. O que vi e o que fiz nessa época, não cabe no release. Uma hora eu conto.
Sempre procurei conhecer a nossa história musical, ouvir todas as canções e todos os gêneros. Do samba à música caipira. Em tudo que ouvi sempre me deparei com o talento e a vocação dos compositores brasileiros.
A geração musical que frutificou da Bossa Nova, nos anos sessenta era chocante. Uma linda síntese de tudo que aconteceu de essencial na música brasileira até então. Foi uma festa.
Ouvi a Banda do Chico em São José dos Campos, antes do festival e foi um impacto inesquecível. Ainda morava em Taubaté.
Ouvi Milton Nascimento antes do sucesso, e era deslumbrante. Todos que o conheceram nessa época, já tinham por ele uma admiração que só os grandes mitos podem desfrutar. Víamos e ouvíamos Elis, todos os dias.
Assisti bem de perto o surgimento do Tropicalismo, uma espécie de preparação mental para a chegada do terceiro milênio.
Virada dos anos sessenta para os setenta...a música silenciou.
Fui fazer jingles publicitários para sobreviver. Acontece que gostei muito do assunto. Pequenas canções anunciando produtos. Enquanto atuei nessa área consegui realizar um bom trabalho, pois criei jingles que fizeram muito sucesso como aqueles do Ortopé, do Rodabaleiro e do Drops Kids Hortelã, que muita gente lembra até hoje.
Nesse tempo já havia me identificado totalmente com a música caipira. Participei efetivamente da Coleção Música Popular Centro Oeste/Sudeste do Marcos Pereira onde gravei algumas canções; entre elas Moreninha Se Eu Te Pedisse.
Com meus lucros publicitários e em parceria com Sérgio Mineiro, criei o Grupo Água, que nós dois bancávamos. Tocávamos sem visar lucros. Foi com esse grupo que consegui assimilar o espírito da música da cultura caipira e projetá-la de uma forma contemporânea para todo o Brasil.
Tocamos muitos anos juntos até que, um dia, a Elis gravou Romaria e convidou o grupo para acompanhá-la na gravação. Foi um grande sucesso que mudou minha carreira e criou um grande espaço para que a música do interior paulista invadisse o mercado.
Hoje vivemos um processo seletivo e a tendência é que, cada vez mais, as pessoas entendam o que Elis quis dizer, quando gravou Romaria.
A parceria com Almir Sater é um grande momento na minha história. Juntos conseguimos alguns sucessos que são fundamentais para a sustentação das nossas carreiras. As mais conhecidas são Um Violeiro Toca e Tocando Em Frente. Almir foi o primeiro artista que entendeu o que Elis quis dizer, e fez uma revolução mágica com a viola caipira. Almir transcende a qualquer violeiro que já existiu.
Outra parceria importante foi com a dupla Pena Branca e Xavantinho. Nosso encontro foi em Aparecida do Norte no início dos anos oitenta e, juntos, gravamos o disco Ao Vivo em Tatuí, que se transformou num marco no gênero. Aprendi muito com esses dois companheiros, verdadeiros representantes da cultura caipira. A morte de Xavantinho foi prematura. Sua partida impediu que pudéssemos usufruir mais da voz deste que, na minha opinião, foi um dos maiores cantores brasileiros de todos os tempos.
Meu projeto de vida é dar continuidade ao meu sonho de divulgar e difundir cada vez mais o espírito do caipirismo valeparaibano; não pela repetição das velhas formas e sim pelo potencial que esse Universo cultural oferece para que, como sempre, a música brasileira avance em direção ao futuro, coerente com a evolução, naturalmente moderna."
Renato Teixeira
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Duo Ouro Negro com Sivuca - Africanissimo LP [EMI, 1959]
Duo Ouro Negro com Sivuca - Africanissimo LP [EMI, 1959]
faixas:
Lado A
1. Kurikutela
2. Mana Fatita
3. Kangrima
4. Muxima
5. Eh! Sambá
6. Maria Candimba
Lado B
1. Dekhnni
2. Carnaval de Luanda
3. Katéria
4. Minha Mulata
5. Upa Neguinho
6. Singing My Song
link para download:
http://www.mediafire.com/sivucaduoouronegro
Quando em 59 Sivuca foi demitido da rádio Tupi por aderir a uma greve de reivindicação salarial. Se juntou ao grupo Brasilia Ritmos durante 3 meses.
O grande mestre retorna a Europa com o grupo Os Brasileiros. Durante a excursão não tornou ao Brasil, e foi contratado por uma boate de Lisboa e lá ficou até o ano seguinte.
Residiu em Lisboa durante nove meses e, nessa época, gerou o primeiro disco de música Angolana: "Africaníssimo - Sivuca/Duo Ouro Negro"
Duo Ouro Negro era um grupo musical criado em 1956 na Angola, por Raúl Indipwo e Milo MacMahon.
No final dos anos 60, Sivuca e Duo Ouro Negro voltam a se cruzar, convidado pelo marido e também empresário da cantora Miriam Makeba. Sivuca passa a dirigir seu conjunto e acompanhado a cantora em excursões pela África, Europa, Ásia e América.
Disse Raúl, "[...] voltamo-nos a encontrar com Sivuca, desta feita com Miriam Makeba. Surgiu logo a ideia da reedição destas canções que hoje serão actuais, ponto de partida de toda a música de percursão no Mundo".
http://www.youtube.com/watch?v=B5YLd_1tjys
Tacioli - Sivuca, como apareceu a oportunidade de trabalhar com a Miriam Makeba?
Sivuca - Miriam Makeba foi em 1965, no final do ano. Ela precisava de um violonista, um contrabaixista e um percussionista. Aí eu fui lá fazer um teste de violão na mão. Quando me mostravam como era o ritmo que ela cantava, era a mesma coisa que um ritmo nordestino, que nós chamamos de balaio. Fui tocar o balaio pra ela cantando. Ela olhou pra mim... A filha dela falava francês e eu não falava nada de inglês. Nessa altura eu já falava francês. “Sivuca, minha mãe quer saber onde é que o senhor aprendeu o ritmo sul-africano tão bem?” Eu disse: “Diga a ela que foi por assimilação. Estou fazendo um ritmo nordestino chamado balaio que é igual ao que ela chama de upacanga, da África do Sul”. Aí fui logo contratado por ela.
Almeida - Mas quem te recomendou?
Sivuca - Foi um contrabaixista americano chamado Don Payne, que disse ao marido da Miriam: “Ó, vou recomendar uma pessoa, que pra mim é a pessoa certa para trabalhar com a Miriam”. Aí ele me recomendou e eu fui lá. Mas aí essa audição que começou às três da tarde, terminou às duas da manhã com todo mundo de fogo. Miriam era muito amiga de Jorge Ben, Jorge Benjor, e começou a cantar “Mas que nada” e eu comecei a acompanhá-la. Ela vibrou! Aí fiquei quatro anos e meio trabalhando com a Miriam.
Leiam essa entrevista depois!!!(http://www.gafieiras.com.br/ListAllInterviewsParts.php?IDInterview=29&IDArtist=28)
terça-feira, 3 de maio de 2011
The Limp Twins
Descontente com as pistas de dança de sua cidade natal, dois ingleses resolveram misturar salsa, bossa nova, funk, soul e jazz. Dessa miscelânea de ritmos nasceu a banda inglesa The Limp Twins.
Liderada por Russ Porter e pelo músico, Dj e produtor musical Will Holland, a banda lançou o disco "Tales from Beyond The Groove" (2003). A parceria, que contou com Porter nas letras e Holland se revezando entre guitarra, baixo, órgão, saxofone e percussão foi determinante para o groove da banda .
Com uma pegada muito boa da primeira à última música (destaque para a terceira faixa "The Limpin Song"), "Tales from Beyond The Groove" (2003) vai fazer você balançar os pés sem nem perceber e correr para procurar os outros dois projetos (chamados Quantic e The Quantic Soul Orchestra ) dessa fera chamada Will Holland.
Não poderia faltar o link do disco. Segue aí embaixo.
http://sharebee.com/7e729ef5
sexta-feira, 29 de abril de 2011
E a cidade maravilhosa?
Estou pensando nesse momento, há meia hora para ser mais exato, o que há de bom no Rio de Janeiro atualmente. E aí???
Agora pouco ouvi uma das tal de Mohandas. Ensaiam no final do Leme, ao estilo mais despojado e tranquilão possível. Tem um pouco de coisas moderninhas tipo Beirut e Dirty Projectors, uns suspiros de Chico Science e as mulheres da banda(aparentemente todas) são lindas!
Aí tem Dorgas, a banda que o mario maria (outro a se comentar por aqui) é fã!
Letuce, aquele duo indicado pelo Diogo, que aparentemente todos vocês gostam.
Abayomy Afrobeat Orquestra, grupão que deu origem ou entrou na onda do afrobeat, que tem consumido e movido boa parte das festas cariocas, e na boa, o show deles é feito para não parar de dançar!
continuem.......
segunda-feira, 25 de abril de 2011
The Budos Band
Meu primeiro post será do EP de uma banda que conheci no início desse ano. Pra quem quiser agitar uma pista esse é o som certo. Segue abaixo um pequeno release da banda retirado do site rraul.com. Se gostarem do som avisem aí no blog que eu posto os outros dois cd's que também são pedradas.
A talentosa The Budos Band torna o velho, novo. Se você é familiarizado com o apoteótico funk dos anos 70, com o afrobeatou com o ardente órgão do Medeski, Martin & Wood, você pode "reconhecer" esses nova-iorquinos. O grupo instrumental dá continuidade a essa linhagem forte e majestosa. Essencialmente, temos aqui um dos expoentes mais ferozes da retomada do funk old school.
Consciente de que não é fácil administrar doze integrantes, a banda utiliza uma abordagem disciplinada e inteligente. Ao invés de canções longas e pesadas, a Budos Band cria êxtase mantendo arranjos coesos e solos limpos, afiados e breves. Todos os instrumentos têm sua chance de brilhar, resultando, assim, em uma atmosfera imponente.
Os discos do grupo refletem uma postura franca ao assumir suas influências. Na verdade, existe tanta uniformidade entre as canções dos três álbuns, que parecem concebidos na mesma sessão. The Budos Band III, porém, é mais amplo, reunindo psicodelia, um toque de Oriente Médio e sonoridades latinas. Além disso, tudo parece mais escuro, embora quente e enérgico.
terça-feira, 19 de abril de 2011
dos convites
“(…)O modo dominante de escutar (em ressonância com o da produção de som industrial para o mercado) é o da repetição (ouve-se música repetitivamente em qualquer lugar e a qualquer momento). Um modo recessivo é o da contemplação(tonal): escutar música sob uma reserva de atenção, em condições especiais de silêncio (é uma escuta diferenciada, que aparece em situação mais rara, inacessível ou impensável para muitos). Outro modo recessivo é o da participação sacrificial (modal), o envolvimento do ouvinte num ato ritual. Para muitos ouvintes esses modos estão misturados numa indistinção confusa. A capacidade de combiná-los e fazer deles uma composição é uma alternativa para viabilizar a escuta: saber ter uma relação polimodal com a música (é essa escuta que a música que começa a existir pede). A escuta está polarizada pela repetição do mercado, mas outros modos de escuta estão latentes nela como ressonância harmônica. À medida que nos aprofundamos no tempo da dessacralização, toda a história dos símbolos, que vibra num acorde oculto (modal, tonal, serial), fica paradoxalmente mais exposta na sua simultânea contemporaneidade” – José Miguel Wisnik em O Som e o Sentido
http://youtu.be/OTIrnfYijVQ
ps: o que fazer se um detrator do panda bear disse que isso é não muito mais que chitãozinho e xororó?
segunda-feira, 11 de abril de 2011
André Abujamra - Mafaro
domingo, 10 de abril de 2011
Pedro Santos da Lua Sorongo dos Santos
Pedro Santos (Pedro Sorongo) - 1968 - Krishnanda
http://www.mediafire.com/?ez4ywqoz2n0
Faixas:
01. Ritual Negro
02. Água Viva
03. Um Só
04. Sem Sombra
05. Savana
06. Advertência
07. Quem Sou Eu?
08. Flor de Lótus
09. Dentro da Selva
10. Desengano da Visita
11. Dual
12. Aranbindu
"...Aquele que na palavra entender, no nome não se prender, pode ver bem quem eu sou. Mas quem no pé da letra cair, do nome não vai sair, porque no nome não estou.."
Outros discos:
Sebastião Tapajós e Pedro dos Santos
http://umquetenha.org/uqt/?cat=2250
Acompanhando Zé Bodega - Um Sax no Samba (1961)
http://rapidshare.com/#!download|778dt|271497688|ze_bodega.zip|47579
Tião Motorista - Meu Interior (1977)
http://www.mediafire.com/?3gg7aub37tb9mlr
Dom Salvador e Abolição - Som, Sangue e Raça
http://www.4shared.com/file/30212683/508962a6/Dom_Salvador_e_Abolio_-_Som_sangue_e_raa_-_71.html
Composições Editadas e Gravadas
http://pedrosorongo.blogspot.com/p/composicoes.html
Discografia
http://pedrosorongo.blogspot.com/p/discografia.html
Apesar das evidentes qualidades de Krishnanda, a sensação que surge inicialmente é o espanto em saber que um disco como esses existe na história da música popular brasileira. É curioso que o disco não tenha nem mesmo menção na história dos discos malditos obscuros, como o disco tropicalista de Rogério Duprat ou o Paêbirú de Zé Ramalho e Lula Côrtes. Maior surpresa ainda: trata-se de um disco de 1968, incorporando samba, arranjos indianos carregados no expressionismo e África, além de contar com sons vindos de novos instrumentos e barulhos de natureza, como água e cantos de animais silvestres. Fosse um disco de meados dos anos 70, poderíamos traçar as influências: as misturas vêm da tropicália, os “sons de natureza” são inspirados em O Milagre dos Peixes de Milton Nascimento, o experimentalismo fragmentário vem do Caetano de Araçá Azul e dos discos de Walter Franco. Mas 1968 coloca Krishnanda como simultâneo dos primeiros e precursor dos outros: trata-se não somente de um OVNI enterrado nas camadas subterrâneas de nossa história, mas também de um trabalho que aponta para problemáticas musicais que viriam a aflorar nos anos seguintes.
Mas que fique claro que não é apenas um jogo de descoberta e fetiche pelo obscuro. O principal é o imprevisível, sim, mas também enorme talento em criar melodias, em criar bases percussivas e em especial em criar uma espécie de conjunto místico/religioso que encompassa organicamente geografias (Ásia, África e América) e culturas (religião hindu, panafricanismo) totalmente distintas. O que convence, em todo caso, é menos o conjunto – não é um disco que prima pela coesão – do que os lampejos brutos de inspiração: a melodia instrumental de “Ritual Negro” que abre o disco, a esquisitice proto-Tom Zé do riff de teclado (?) de “Quem Sou Eu?”, os agudos evocativos de “Flor de Lótus” e “Sem Sombra”, os trunfos de composição de canção que são “Água Viva” e “Desengano da Vista”. Por momentos, no entanto, o disco se instala num limiar meio perigoso entre pesquisa de timbres e easy listening, como testemunham as duas últimas faixas, “Dual” e “Aranbindu”, que são longe de essenciais. “Savana” e “Advertência” são peças climáticas e interessantes, mas a proximidade uma da outra acaba atrapalhando um pouco a fluência do disco, que não se comportará tão solenemente assim até o fim. Mas esses são apenas pecadilhos diante de um trabalho tão vigoroso e singular na música brasileira como é esse Krishnanda, que merece o quanto antes ganhar o reconhecimento devido.
Texto de Ruy Gardnier
Patti/Nico
Anos 2000 - Panda Bear e Strokes
Começo sem delongas e apresentações - em tempos de lançamento "oficial" do novo álbum do Panda Bear, fiquei tentando me lembrar das minhas primeiras impressões do outro - Person Pitch - um tanto quanto estranho, nada que surpreendesse vindo do coletivo animal, mas realmente o cliché das harmonias à la Brian Wilson estão lá bem nas primeiras faixas...
Edu Lobo - Edu Lôbo [Missa Breve] (1973)
Download 192kbps
O povo não está dando o menor valor ao blog. É uma pena. Mas eu continuarei na minha caminhada solitária. Acordei hoje com vontade de ouvir esse álbum; consequentemente decidi hospedar para todos vocês. Aproveitem, é uma obra-prima da música nacional!
terça-feira, 29 de março de 2011
Playlist do Ortman #01: Carnaval Lado B
Download - variável (muitas faixas são de álbuns de uma época que eu não me importava muito com a qualidade do arquivo sonoro, me perdoem)
Outro Link para download!
01. João Bosco "O Mestre-Sala dos Mares" (Caça à Raposa, 1975) - 3'08"
02. Os Novos Baianos "Com Qualquer Dois Mil Réis" (Novos Baianos F.C., 1973) - 3'37"
03. Taiguara "Primeira Bateria" (Imyra, Tayra, Ipy, 1976) - 2'47"
04. Itamar Assumpção "Vá Cuidar de sua Vida" (Pretobrás, Por que eu Não Pensei Nisso Antes..., 1998) - 4'03"
05. Luiz Melodia "Estácio, Eu e Você" (Pérola Negra, 1973) - 2'17"
06. Nara Leão "Opinião" (Opinião de Nara Leão, 1964) - 2'33"
07. Siba e Fuloresta "Bloco da Bicharada" ( Toda Vez que eu Dou um Passo o Mundo Sai do Lugar, 2007) - 3'11"
08. Caetano Veloso "Escapulário" (Jóia, 1975) - 2'17"
09. Jorge Mautner "Samba dos Animais" (Jorge Mautner, 1974) - 3'58"
10. Milton Nascimento e Azymuth "Reis e Rainhas do Maracatu" (Clube da Esquina 2, 1978) - 2'39"
11. Dom Salvador & Abolição "Samba do Malandrinho" (Som, Sangue e Raça 1971) - 2'25"
12. Elza Soares "O Samba está com Tudo" (A Bossa Negra, 1961) - 2'31"
13. Paulo Vanzolini interpretado por Chico Buarque "Samba Erudito" (Onze Sambas e Uma Capoeira, 1967) - 2'17"
14. Romulo Fróes "Se eu For" (No Chão, Sem o Chão, 2009) - 2'12"
15. Satanique Samba Trio "Lambada Post Mortem" (Bad Trip Similator #2, 2010) - 2'52"
16. Tom Zé "A Volta Do Trem Das 11 (8,5 Milhões De Km²) [Pagode à Adoniran]" (Estudando o Pagode, 2005) - 5'06"
17. Marcos Valle "Flamengo Até Morrer" (Previsão do Tempo, 1973) - 3'26"
18. Moacir Santos "Coisa nº1" (Coisas, 1965) - 2'46"
Duração - 54'05"
"...E é tempo de aprender, que quem nasceu Flamengo é Flamengo até morrer" Marcos Valle
sábado, 26 de março de 2011
Toumani Diabate - The Mandé Variations (2008); Konono N°1 - Congotronics (2005) + bonus haitiano
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Músico de Bamako, Mali. Toca kora, uma espécie de Harpa-alaúde oriunda da África Ocidental. É de uma família de "griots" (instrumentistas africanos). As duas primeiras faixas encantam pela forma quase espiritual que Toumani impõe sua kora. Mas no todo achei um álbum um tanto irregular, de qualquer maneira vale a apreciação!
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L’orchestre folklorique T.P. Konono N°1 de Mingiedi (vulga Konono N°1) é um grupo de Kinshasa (Rep. Democrática do Congo) que existe desde os anos 60. Eles criam instrumentos a partir de peças de ferro velho, e por isso os timbres são um tanto originais, recheado de coros e com uma produção rudimentar que dá muita classe ao som.
"Congotronics" é uma obra-prima. Não consigo encontrar nenhum outro artista que se assemelhe a tal sonoridade dançante, o que torna o som, além da atemporalidade, vanguardista.
Esses eu gostaria de ver no Brasil!
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Voodoo Drums é um álbum que não se explica, apenas se ouve, preparem para experiências catárticas.
sábado, 19 de março de 2011
Tinariwen - Amassakoul (2004)
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Também estou com uma certa preguiça de escrever algo nessa primeira postagem. Estou aproveitando um upload que fiz hoje, colocando para jogo aqui. Tinariwen é um grupo malinense de Tuareg Music, som do grupo étnico que vive na região do Saara (como influência nacional ouvir "Tuareg" da Gal Costa (Gal, 1969). Não conheço tanto a respeito da história do gênero, mas estava lendo que o Tinariwen sofreu influências fortes do Rock inglês e americano, e até mesmo de Bob Marley.
A banda é de 82, mas só lançou o seu primeiro álbum para o mundo no início desse século (The Radio Tisdas Sessions, de 2001). Amassakoul (2004) é o segundo dos quatro álbuns que eles tem até agora, e o mais bem conceituado pelo que vi por aí (embora a crítica, aparentemente só tenha "acordado" para a banda no último álbum, Imidiwan: Companions (2009).
Já tinha ouvido falar deles, mas só fui ouvir ontem. Melodias intensas com riffs de guitarra intensos. Bom pra caralho!
Um tira gosto aí embaixo...
Pretendo seguir nessa onda de música africana nos próximo(s) post(s)!