quinta-feira, 26 de maio de 2011

Milton Nascimento & Lô Borges - Clube da Esquina (No 1 - 1972)


A união do carioca com o mineiro, além de uma penca de músicos bons. Provavelmente muitos já conhecem, mas quis ressaltar sua excelência (o mesmo vale para o volume 2, com disco duplo).

Canções meio rurais, meio Beatles. Muito instrumento. Bem enérgicas.



Tudo o que você podia ser:



terça-feira, 24 de maio de 2011

Trajetória no desenvolvimento

Nos planos-sequência da última década houve os que primaram pela criação de suspense e sucesso (sucessão!) descritivo(a)



e os que criaram uma tensão: a que existe no limiar entre o "sucesso de produção" e sua hipertrofia

Belong: October Language






Estou gostando do Belong pelo mesmo motivo que me fazia gostar do "I can hear the heart beating as one", único disco que conheci do Yo La Tengo: guitarras muito distorcidas produzindo muito lentamente acordes muito bonitos. Aqui é a radicalização disso, é quase isso tornado padrão - e é ainda mais bonito.

No Common Era, que lançaram este ano, é um pouco diferente, arrisco dizer que é mais canção. Gostei das músicas mas não achei o link pra download. :/

Se alguém gostar e achar diz aí por favor!

domingo, 22 de maio de 2011

Solombra (2005)






Este é raridade. Só consegui ele a partir de uma gravação de um programa de rádio na internet.


Cecília Meirelles escreveu Solombra, seu último livro publicado em vida em 1963. Era um ciclo de doze poesias dedicadas à morte do seu marido por suicídio, falando de memória e desapego. Em 2005, a Janis Mattox, uma artista multimídia norte-americana, resolveu fazer um ciclo operístico baseado nestes poemas. As composições de ópera, trabalhadas num sistema tonal minimalista e preenchidas por efeitos eletrônicos, foram cantadas pela soprano colombiana Katia Escalera. Esta gravação foi feita ao vivo, a partir desta apresentação única do Solombra.


Vale a pena ouvir as repetidas notas de tristeza. Destaque para "olhos vertendo melancolia", "o mar" e a última desta gravação, "desenho".

sábado, 21 de maio de 2011

Chico Teixeira (2003)





"E amanheceu nós dois à luz da alvorada brasileira"





Já que o Pablo postou aqui o disco do Renato Teixeira, vou postar o disco do filho dele, Chico Teixeira. Filho de peixe, peixinho é.


"Cantor e compositor, Chico Teixeira representa a nova geração da música Folk Brasileira. O rapaz foi apresentado ao público em 1998 no CD "O novo amanhece", de Zé Geraldo e Renato Teixeira. Chico tocou em muitos bares na noite paulistana. Participou dos projetos Prata da Casa, Novo Canto, Caipira ou Sertanejo, Semana Mazaropi em Taubaté, todos promovidos pelo Sesc. Em 2002 lança seu primeiro CD, produzido por ele mesmo, gravado voz e violão. O material hoje é raro. Em 2003 é efetivado na banda de Renato Teixeira, viajando o Brasil todo se apresentou em palcos consagrados como Palácios das Artes, em BH, Canecão, Rio de Janeiro, Auditório do Ibirapuera em São paulo. A música de Chico tem fortes influências do violão Folk, da viola caipira e de Poesia. Teixeira vem nos contando e cantando com sabedoria, a realidade de seu tempo. " Fui criado numa família de músicos, rodeado de versos e violões, minha casa vive cheia de músicos e compositores. Ví muitas canções sendo feitas, levar adiante essa alegria, é meu maior objetivo."

Déa Trancoso - TUM TUM TUM (2006)





Download - 192 kbps

Dá-lhe Déa mais uma vez!

Trabalho de pesquisa e de musicalidade inquestionáveis, este sim é um verdadeiro disco carregado da alma popular brasileira. Encontrei-o por acaso aqui em casa e foi como descobrir um tesouro: não parava de ouvir e me encantar. Ainda hoje ouço cada uma das faixas e me chegam aos ouvidos com o mesmo frescor como se fosse a primeira audição. Espero que vocês tenham a mesma experiência.

Chico Lobo e Déa Trancoso - O violeiro e a Cantora (2002)


Download - 256 kbps

Me empolguei!

Este é o primeiro disco da Déa Trancoso, aquela que tanto falo. É uma das vozes mais bonitas da música brasileira que escutei nos últimos anos. Esse álbum em particular surgiu de um convite à ela feito pelo Chico Lobo, violeiro de primeira, preciso e leigeiro como aqueles violeiros do sertão. É nesse disco que tem a "Moda da Pinga", a música do Carlitos. Hehehe...

Imersão num universo musical pouco conhecido por nós. Ouvindo hoje me fez lembrar Santa Rita.

Baiana System (2010)


Download - 256 kbps (VBR)

Esse álbum alguns já devem conhecer, mas pra não dizerem que eu não posto nunca, tá aí: Baina System quebrando tudo, desde os ritmos mais tranquilos aos mais profundos e sacolejantes, tudo, é claro, guiado pelo som hipnótico da guitarrinha baiana. 

domingo, 8 de maio de 2011

Taiguara e o seu Canto Geral






Imyra (a volta aos verdes musgos da infância), Tayra (o sêmen do tempo no ventre do universo) e Ipy (o velho e o novo diante do infinito comum).

Este álbum saiu em 1976, com as músicas creditadas a sua mulher, e outras usando apenas seu sobrenome, para evitar as unhas da ave de rapina que pairou sobre o Brasil de 1964 à 1985. No entanto, isso não adiantou. E o cd acabou sendo recolhido no dia seguinte das lojas, só sendo lançado no japão. À pouco tempo atrás ainda existia um site em que sua filha tentava repatriar este álbum.

Taiguara foi cantor, compositor, arranjador e pianista. Nascido em Montevidéu, no Uruguai em 1945, ainda criança se mudou para o Rio de Janeiro, onde aprendeu a tocar piano. Fez parte do MAU Movimento Artístico Universitário, ao lado de Aldir Blanc, Ivan lins e Gonzaguinha.
Em 1973 exilou-se em Londres, estudou no Guildhall School of Music and Drama e gravou o Let the Children Hear the Music, que nunca chegou ao mercado, tornando-se o primeiro disco estrangeiro de um brasileiro censurado no Brasil.
Em 1975, voltou ao Brasil e gravou o Imyra, Tayra, Ipy - Taiguara. Junto a Hermeto Paschoal. Participaram músicos como Wagner Tiso, Toninho Horta, Nivaldo Ornelas, Jacques Morelenbaum, Novelli, Zé Eduardo Nazário, Ubirajara Silva e uma orquestra sinfônica de 80 músicos.
Todas as compisções de cd são de Taiguara, que canta, toca piano, sintetizador e mellotron, além de assinar os arranjos e orquestrações junto a Hermeto.
Em seguida, Taiguara partiu para um segundo auto-exílio que o levaria à África e à Europa por vários anos.

Apesar de toda perseguição (foi o artista mais censurado no Brasil!!!), Taiguara Chalar da Silva reuniu uma obra de uma beleza extraordinária, onde discurso sonoro e político sempre caminharam juntos. "Imyra, Tayra, Ipy - Taiguara" é o Canto Geral Brasileiro, é o Canto Geral de Taiguara.


Sete Cenas de De Imyra

Imyra, Tayra, Ipy
Primeira cena: o nascer
Do beijo de Ara rendy
Jemopotyr - florecer

É gema, é germe, é gen-luz
Imyra brilha no ar
Corou vermelho e azul
Por sobre o virgem rosar
É rosa gente, é razão
É rosa umbilical
Jukira, sal, criação
Potyra, flor-animal

Imyra, Tayra, Ipy
Segunda cena: crescer
Ferir o espaço e abrir
A flor primal de mulher

Figura, cor, rotação
Calor, janela, pombal
Palmeira, morro, capim
Moreno, ponte, areal
Retina, boca, prazer
Compasso, ventre, casal
Descanso, livre lazer
Loucura, vida real

Imyra, Tayra, Ipy
Terceira cena: saber
Que o índio que vive em ti
É o lado mago em teu ser

Se vim dos Camaiurá
Ou das missões, guarani
Nasci pr'a ti meu lugar
Nação doente, Tupi
Por isso vou me curar
Da algema dentro de mim
Por isso vou encontrar
A gema dentro de mim

Imyra, Tayra, Ipy
A quarta cena é mostrar
O que há de pedra no chão
O que há de podre no ar

Criança em frente ao pilar
Imaginando seu mar
O mastro imenso, o navio
A vela, o vento, o assobio
É caravela, é alto-mar
Até de novo acordar
Pr'o que há de podre no chão
Pr'o que há de pedra no ar

Imyra, Tayra, Ipy
A quinta cena é sofrer
Cunhã curvada a chorar
Tayra tensa a temer

Fui companheira dos sós
Fui protetora das leis
Fui braço amigo de avós
Até o rei perdoei
Hoje faminta sou ré
Como um cachorro vadio
Arrasto inchado o meu pé
Por chãos de fogo e de frio


Imyra, Tayra, Ipy
A sexta cena é esperar
No céu branqueia Jacy
Tatá verdeja no mar

Vislumbre claro, visão
Valei-me, meu pai! Que luz!
Como se um trecho de chão
Se erguesse em asas azuis
Dobrando a curva do céu
Pr'a mergulhar sobre o mal
E o justo império de Ipy
Chegasse ao mundo, afinal!

Imyra, Tayra, Ipy
A cena sete é um saci
Pé dentro do ano dois mil
No centro - sol do Brasil

Aos sete dias do mês
Um dia azul de leão
Me deram vida vocês
Dou vida hoje à expressão
Quero essa língua outra vez
Quero esse palco, esse chão
Brinca Tupi-português
Dentro do meu coração

Imyra, Tayra, Ipy - Taiguara

1 Pianice (Pecinha sinfônica)
2 Delírio transatlântico e chegada no rio
3 Público
4 Terra das palmeiras
5 Como em Guernica
6 A volta do pássaro ameríndio
7 Luanda, violeta africana
8 Aquarela de um país na lua
9 Situação
10 Sete cenas de Imyra
11 Três Pontas (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)
12 Samba das cinco
13 Primeira bateria
14 Outra cena


http://www.mediafire.com/?048c1jw56m7fi

Renato Teixeira - Romaria (1978)



Renato Teixeira - Romaria (1978)


01 Vira (No Meu Quintal)
02 Alforje
03 Viola Malvada
04 Sessenta Léguas Num Dia
05 Arraial
06 Eu e Ney Sentados Na Ponte
07 Romaria
08 Olhos Profundos
09 Agulha No Palheiro
10 Lira Rara
11 Antes Que Aconteça
12 Sentimental Eu Fico



http://www.mediafire.com/?61ms6moaiy8cn



"Confesso que não é nada fácil ter que contar minha história, desde que nasci. Viver é uma coisa tão normal que não vejo diferença nenhuma entre a vida de um artista, com a de qualquer pessoa. Num determinado momento, entretanto, porque atuamos na área de comunicações, as coisas que fazemos ganham notoriedade e a curiosidade aumenta. Então a gente conta alguma coisa.

Muitos estranham o fato da minha música ter origens caipiras e eu ser caiçara, nascido em Santos. Vejo isso como uma questão puramente familiar; são fatos circunstanciais, apenas. Passei a infância em Ubatuba e a adolescência no interior do Estado. Meu pai melhorou de emprego com essa mudança; eu e meu irmão já estávamos em idade escolar; Taubaté, naquele momento, era mais conveniente. Mudamos para lá. E foi muito bom!

A música, em Ubatuba, já fazia parte do meu dia-a-dia. Das atividades familiares a que mais me interessava era a música; todos tocavam e alguns eram, verdadeiramente, músicos.

Eu poderia ter sido fogueteiro como meu avô Jango Teixeira, que tocava bombardine na banda. Poderia ter sido professor como meu avô paterno, Theodorico de Oliveira, que tem uma linda história intelectual com a poesia e a literatura. Mas a música não me deixou espaços.

Quis ser arquiteto; descobri que foi por causa de um verso de Manuel Bandeira, pregado na parede de atelier do Romeu Simi. Passou a arquitetura, ficou o verso.

Vim para São Paulo no final dos anos sessenta, por indicação de Luiz Consorte que colocou uma fita com minhas músicas nas mãos de seu tio, Renato Consorte que a enviou para os ouvidos do Walter Silva. Dei sorte! O Walter era um grande promotor de novos artistas e um homem muito conhecido nos meios de comunicação. As portas se abriram e, logo, eu estava no Festival da Record de 67. Minha música era Dadá Maria e foi defendida pela Gal Costa, também em começo de carreira, e pelo Silvio César. Mais, no disco do festival, quem canta com Gal sou eu. Foi minha primeira gravação.

Participei daquela fatia da história da MPB como um espectador privilegiado. O que vi e o que fiz nessa época, não cabe no release. Uma hora eu conto.

Sempre procurei conhecer a nossa história musical, ouvir todas as canções e todos os gêneros. Do samba à música caipira. Em tudo que ouvi sempre me deparei com o talento e a vocação dos compositores brasileiros.

A geração musical que frutificou da Bossa Nova, nos anos sessenta era chocante. Uma linda síntese de tudo que aconteceu de essencial na música brasileira até então. Foi uma festa.

Ouvi a Banda do Chico em São José dos Campos, antes do festival e foi um impacto inesquecível. Ainda morava em Taubaté.

Ouvi Milton Nascimento antes do sucesso, e era deslumbrante. Todos que o conheceram nessa época, já tinham por ele uma admiração que só os grandes mitos podem desfrutar. Víamos e ouvíamos Elis, todos os dias.

Assisti bem de perto o surgimento do Tropicalismo, uma espécie de preparação mental para a chegada do terceiro milênio.

Virada dos anos sessenta para os setenta...a música silenciou.

Fui fazer jingles publicitários para sobreviver. Acontece que gostei muito do assunto. Pequenas canções anunciando produtos. Enquanto atuei nessa área consegui realizar um bom trabalho, pois criei jingles que fizeram muito sucesso como aqueles do Ortopé, do Rodabaleiro e do Drops Kids Hortelã, que muita gente lembra até hoje.

Nesse tempo já havia me identificado totalmente com a música caipira. Participei efetivamente da Coleção Música Popular Centro Oeste/Sudeste do Marcos Pereira onde gravei algumas canções; entre elas Moreninha Se Eu Te Pedisse.

Com meus lucros publicitários e em parceria com Sérgio Mineiro, criei o Grupo Água, que nós dois bancávamos. Tocávamos sem visar lucros. Foi com esse grupo que consegui assimilar o espírito da música da cultura caipira e projetá-la de uma forma contemporânea para todo o Brasil.

Tocamos muitos anos juntos até que, um dia, a Elis gravou Romaria e convidou o grupo para acompanhá-la na gravação. Foi um grande sucesso que mudou minha carreira e criou um grande espaço para que a música do interior paulista invadisse o mercado.

Hoje vivemos um processo seletivo e a tendência é que, cada vez mais, as pessoas entendam o que Elis quis dizer, quando gravou Romaria.

A parceria com Almir Sater é um grande momento na minha história. Juntos conseguimos alguns sucessos que são fundamentais para a sustentação das nossas carreiras. As mais conhecidas são Um Violeiro Toca e Tocando Em Frente. Almir foi o primeiro artista que entendeu o que Elis quis dizer, e fez uma revolução mágica com a viola caipira. Almir transcende a qualquer violeiro que já existiu.

Outra parceria importante foi com a dupla Pena Branca e Xavantinho. Nosso encontro foi em Aparecida do Norte no início dos anos oitenta e, juntos, gravamos o disco Ao Vivo em Tatuí, que se transformou num marco no gênero. Aprendi muito com esses dois companheiros, verdadeiros representantes da cultura caipira. A morte de Xavantinho foi prematura. Sua partida impediu que pudéssemos usufruir mais da voz deste que, na minha opinião, foi um dos maiores cantores brasileiros de todos os tempos.

Meu projeto de vida é dar continuidade ao meu sonho de divulgar e difundir cada vez mais o espírito do caipirismo valeparaibano; não pela repetição das velhas formas e sim pelo potencial que esse Universo cultural oferece para que, como sempre, a música brasileira avance em direção ao futuro, coerente com a evolução, naturalmente moderna."

Renato Teixeira

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Duo Ouro Negro com Sivuca - Africanissimo LP [EMI, 1959]



Duo Ouro Negro com Sivuca - Africanissimo LP [EMI, 1959]



faixas:

Lado A

1. Kurikutela
2. Mana Fatita
3. Kangrima
4. Muxima
5. Eh! Sambá
6. Maria Candimba

Lado B

1. Dekhnni
2. Carnaval de Luanda
3. Katéria
4. Minha Mulata
5. Upa Neguinho
6. Singing My Song



link para download:

http://www.mediafire.com/sivucaduoouronegro

Quando em 59 Sivuca foi demitido da rádio Tupi por aderir a uma greve de reivindicação salarial. Se juntou ao grupo Brasilia Ritmos durante 3 meses.
O grande mestre retorna a Europa com o grupo Os Brasileiros. Durante a excursão não tornou ao Brasil, e foi contratado por uma boate de Lisboa e lá ficou até o ano seguinte.
Residiu em Lisboa durante nove meses e, nessa época, gerou o primeiro disco de música Angolana: "Africaníssimo - Sivuca/Duo Ouro Negro"
Duo Ouro Negro era um grupo musical criado em 1956 na Angola, por Raúl Indipwo e Milo MacMahon.

No final dos anos 60, Sivuca e Duo Ouro Negro voltam a se cruzar, convidado pelo marido e também empresário da cantora Miriam Makeba. Sivuca passa a dirigir seu conjunto e acompanhado a cantora em excursões pela África, Europa, Ásia e América.

Disse Raúl, "[...] voltamo-nos a encontrar com Sivuca, desta feita com Miriam Makeba. Surgiu logo a ideia da reedição destas canções que hoje serão actuais, ponto de partida de toda a música de percursão no Mundo".


http://www.youtube.com/watch?v=B5YLd_1tjys


Tacioli - Sivuca, como apareceu a oportunidade de trabalhar com a Miriam Makeba?
Sivuca - Miriam Makeba foi em 1965, no final do ano. Ela precisava de um violonista, um contrabaixista e um percussionista. Aí eu fui lá fazer um teste de violão na mão. Quando me mostravam como era o ritmo que ela cantava, era a mesma coisa que um ritmo nordestino, que nós chamamos de balaio. Fui tocar o balaio pra ela cantando. Ela olhou pra mim... A filha dela falava francês e eu não falava nada de inglês. Nessa altura eu já falava francês. “Sivuca, minha mãe quer saber onde é que o senhor aprendeu o ritmo sul-africano tão bem?” Eu disse: “Diga a ela que foi por assimilação. Estou fazendo um ritmo nordestino chamado balaio que é igual ao que ela chama de upacanga, da África do Sul”. Aí fui logo contratado por ela.
Almeida - Mas quem te recomendou?
Sivuca - Foi um contrabaixista americano chamado Don Payne, que disse ao marido da Miriam: “Ó, vou recomendar uma pessoa, que pra mim é a pessoa certa para trabalhar com a Miriam”. Aí ele me recomendou e eu fui lá. Mas aí essa audição que começou às três da tarde, terminou às duas da manhã com todo mundo de fogo. Miriam era muito amiga de Jorge Ben, Jorge Benjor, e começou a cantar “Mas que nada” e eu comecei a acompanhá-la. Ela vibrou! Aí fiquei quatro anos e meio trabalhando com a Miriam.

Leiam essa entrevista depois!!!(http://www.gafieiras.com.br/ListAllInterviewsParts.php?IDInterview=29&IDArtist=28)

terça-feira, 3 de maio de 2011

The Limp Twins



Descontente com as pistas de dança de sua cidade natal, dois ingleses resolveram misturar salsa, bossa nova, funk, soul e jazz. Dessa miscelânea de ritmos nasceu a banda inglesa The Limp Twins.

Liderada por Russ Porter e pelo músico, Dj e produtor musical Will Holland, a banda lançou o disco "Tales from Beyond The Groove" (2003). A parceria, que contou com Porter nas letras e Holland se revezando entre guitarra, baixo, órgão, saxofone e percussão foi determinante para o groove da banda .

Com uma pegada muito boa da primeira à última música (destaque para a terceira faixa "The Limpin Song"), "Tales from Beyond The Groove" (2003) vai fazer você balançar os pés sem nem perceber e correr para procurar os outros dois projetos (chamados Quantic e The Quantic Soul Orchestra ) dessa fera chamada Will Holland.

Não poderia faltar o link do disco. Segue aí embaixo.


http://sharebee.com/7e729ef5